sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Desassombro-me entre as palavras que desperdiço
Entre letras, sílabas para descrever
Momentos, pessoas, estradas e olhares
Despertados em dias que se confundem nas noites
Entrelaço os olhares supostos
Os supostos terríveis que não preenchem
Que suportam o que existe, ou o sonho
A realidade que não abre portas
Que espreita nas janelas da incerteza
O anseio, o desespero, o âmago
A questão impertinente, a espera
Os dias a passar, o tempo a andar para trás

sábado, 11 de dezembro de 2010

Alternei pé ante pé...
Senti a areia fria nos pés,
A espessura a entranhar-me nos pensamentos.

O rebentar das ondas confundiam-me...
Avistava um horizonte perpétuo,
Distante a tantos quilómetros quanto tu.

Abracei o vento sentido a tua fragilidade,
Os ruídos calavam-se no mar,
As pedras adulteravam-me em dias,
As noites chegavam mesmo ali.

Derrubei a água que me escorria nos pés...
Emergi o calor de mim para ti.

Os mares das marés uniram-se
Os ventos inabaláveis estremeceram-me
Voltei costas ao sol que brilhava
Soltei os pés do meu corpo...
Percorri os passos marcados na areia...
Os braços acolhiam a água vinda do frio.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Deslavado

Procurei nos dias que passaram, a forma e a essência de te tornar minha
De ouvir o teu nome trocado com o meu
As peles a roçarem, os ombros a trocarem tamanhos e cumplicidade
Os gritos calados num silêncio que me consumia
Mas os tempos não foram nossos
Foi o meu tempo fora do teu, o teu de outro alguém
Mas hoje calo-me aqui, silêncio!
Tudo passou, nada ficou
Um novo tempo há-de chegar e um outro TU para chamar
São os cheiros e os toques, que ultrapassam qualquer barreira do sentimental
As luzes iluminadas ou apenas escuras perante os nossos olhos
Garras por descobrir, olhos por abrir e peles sedosas para abraçar
Reencontram formas de desejar uma estrada escondida
Uma terra além dos nossos passos
E os Sóis diferentes a cada dia que passa
A cada Lua que se esconde, a cada Lua Nova...
Os relógios circulam com um tic tac inconfundível
Os ventos sopram mais fortes, e as chuvas alcançam mais janelas
Abertas, semi-serradas e à espera de uma serenata

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

August Rush

jonathan Meyers é dos poucos homens, para quem realmente olho com olhos de ver. A voz, a pernúncia, o tique, o jeito... Sim é um homem bonito aos meus olhos, e poucos são os que conseguem que aprecie e gaste minutos (e horas) a comtemplar, alguns dos seus feitos.
August Rush é dos filmes mais fantásticos que eu já vi. Penso que até há uns temps tinha colocado aqui um post sobre o filme. Mas como fiz um refresh a algumas situações, os post foram também por arrasto.
August Rush, o voltar e sempre acreditar. A magia da Música aliada à magia do Amor. Um puto fascinante, com gostos e expressões que não se vêem no nosso dia-a-dia.
Filme de lágrima fácil, mas a lágrima fácil, não é tão fácil como parece, e nem toda a gente a liberta.
Something Inside...