sábado, 11 de dezembro de 2010

Alternei pé ante pé...
Senti a areia fria nos pés,
A espessura a entranhar-me nos pensamentos.

O rebentar das ondas confundiam-me...
Avistava um horizonte perpétuo,
Distante a tantos quilómetros quanto tu.

Abracei o vento sentido a tua fragilidade,
Os ruídos calavam-se no mar,
As pedras adulteravam-me em dias,
As noites chegavam mesmo ali.

Derrubei a água que me escorria nos pés...
Emergi o calor de mim para ti.

Os mares das marés uniram-se
Os ventos inabaláveis estremeceram-me
Voltei costas ao sol que brilhava
Soltei os pés do meu corpo...
Percorri os passos marcados na areia...
Os braços acolhiam a água vinda do frio.

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