quinta-feira, 10 de março de 2011

CONTINUAMOS...




"Há limites para os sacrifícios que se podem pedir ao cidadão comum"
- Cavaco Silva.



Ora bem Sr. "Adorado":

Começar o dia (em dias indetermináveis de crise), com a oferta de um almoço para 50 jovens (ainda desconheço o critério para a escolha destes mesmos), e para mais uns quantos "gulosos" do (ao) poder, não me parece adequado quando vem discursar sobre as dificuldades que, nem todos temos, mas por que muitos passamos e nem sabemos quando o fim.

Em tempos de crise, em que tantas famílias tiveram de abdicar de uma refeição de jeito após um dia de trabalho, pois foram-lhes retirados abonos de família, estes açambarcadores almoçaram:

- Consommé de alho francês, seguido de cherne (que não custa propriamente 3€/Kl) com molho de alcaparras, acompanhado de um (uns quantos litros) Quinta da Bacalhôa 2009. Ainda tiveram direito, pois claro, a Fatias de Tomar com fruta laminada, e claro só porque é tradicional, Vinho do Porto Fonseca White!

Tradicional... mesmo tradicional, então e que tal cortar uns bidões ao meio, e assar umas febras e uns coiratos, acompanhado de garrafões de vinho da tasca, não?

Já para não falar, que depois da tomada de posse, os "gulosos" e mais uns quantos "lambões", ainda se juntaram para enterrar ainda mais o dinheiro dos contribuintes. Pois claro! Vamos todos jantar à conta dos coitadinhos, que trabalharam 9 ou 10 horas, onde passaram 2 horas em transportes públicos, almoçaram uma sandocha levada de casa, com pão do dia anterior, porque não têm tempo de ir à padaria da esquina pela matina, pois têm de tratar dos 3 filhos para ainda os levar à paragem do autocarro e seguir de metro para os seus postos de trabalho!

Nem quero saber a ementa do jantar, porque ontem até me safei com uma coxinha de frango e arroz. Mas a deles... certamente, não foi tão elaborada como a minha!

O Sr. "Adorado" ainda disse: Faço um apelo vibrante aos jovens de Portugal: ajudem o vosso país! Façam ouvir a vossa voz. Este é o vosso tempo!"



Pois então acho que o Sr. Cavaco estava a apoiar a Manif da Geração à Rasca, mas acho que ele ainda não se deu conta, que está no rol dos mais indesejados!

É O PAÍS QUE TEMOS QUERIDOS JOVENS À RASCA

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Desassombro-me entre as palavras que desperdiço
Entre letras, sílabas para descrever
Momentos, pessoas, estradas e olhares
Despertados em dias que se confundem nas noites
Entrelaço os olhares supostos
Os supostos terríveis que não preenchem
Que suportam o que existe, ou o sonho
A realidade que não abre portas
Que espreita nas janelas da incerteza
O anseio, o desespero, o âmago
A questão impertinente, a espera
Os dias a passar, o tempo a andar para trás

sábado, 11 de dezembro de 2010

Alternei pé ante pé...
Senti a areia fria nos pés,
A espessura a entranhar-me nos pensamentos.

O rebentar das ondas confundiam-me...
Avistava um horizonte perpétuo,
Distante a tantos quilómetros quanto tu.

Abracei o vento sentido a tua fragilidade,
Os ruídos calavam-se no mar,
As pedras adulteravam-me em dias,
As noites chegavam mesmo ali.

Derrubei a água que me escorria nos pés...
Emergi o calor de mim para ti.

Os mares das marés uniram-se
Os ventos inabaláveis estremeceram-me
Voltei costas ao sol que brilhava
Soltei os pés do meu corpo...
Percorri os passos marcados na areia...
Os braços acolhiam a água vinda do frio.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Deslavado

Procurei nos dias que passaram, a forma e a essência de te tornar minha
De ouvir o teu nome trocado com o meu
As peles a roçarem, os ombros a trocarem tamanhos e cumplicidade
Os gritos calados num silêncio que me consumia
Mas os tempos não foram nossos
Foi o meu tempo fora do teu, o teu de outro alguém
Mas hoje calo-me aqui, silêncio!
Tudo passou, nada ficou
Um novo tempo há-de chegar e um outro TU para chamar
São os cheiros e os toques, que ultrapassam qualquer barreira do sentimental
As luzes iluminadas ou apenas escuras perante os nossos olhos
Garras por descobrir, olhos por abrir e peles sedosas para abraçar
Reencontram formas de desejar uma estrada escondida
Uma terra além dos nossos passos
E os Sóis diferentes a cada dia que passa
A cada Lua que se esconde, a cada Lua Nova...
Os relógios circulam com um tic tac inconfundível
Os ventos sopram mais fortes, e as chuvas alcançam mais janelas
Abertas, semi-serradas e à espera de uma serenata

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

August Rush

jonathan Meyers é dos poucos homens, para quem realmente olho com olhos de ver. A voz, a pernúncia, o tique, o jeito... Sim é um homem bonito aos meus olhos, e poucos são os que conseguem que aprecie e gaste minutos (e horas) a comtemplar, alguns dos seus feitos.
August Rush é dos filmes mais fantásticos que eu já vi. Penso que até há uns temps tinha colocado aqui um post sobre o filme. Mas como fiz um refresh a algumas situações, os post foram também por arrasto.
August Rush, o voltar e sempre acreditar. A magia da Música aliada à magia do Amor. Um puto fascinante, com gostos e expressões que não se vêem no nosso dia-a-dia.
Filme de lágrima fácil, mas a lágrima fácil, não é tão fácil como parece, e nem toda a gente a liberta.
Something Inside...

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Hoje escreveram-me num e-mail "deus dá mas tira".
Se acredito em Deus, ou aquele Deus que a maior parte das pessoas creem, não sei ou ainda não descobri.A mesma pessoa que falou nisto, há uns tempos disse-me noutros contextos "o meu deus". Acho que é isso. A necessidade de ter um Deus ou acreditar em algo ou alguma coisa superior. Às vezes parece que paira algo no meu ar que respiro, algo a que me possa agarrar, mas também por vezes, talvez por não ser palpável, parece que nada existe, ou fica tão escuro que é difícil distinguir do que realmente é ou quer parecer ser.
Hoje é dia de coincidências. Marcantes ou significativas, ainda não descobri também, mas alguma coisa é. Não há sinais. Ou então eu quero tanto vê-los que até parecem que existem, mas é apenas uma forma de me agarrar a alguma coisa. Talvez este seja um dos meus males, ter que ter sempre que me agarrar a alguma coisa ou alguém. Por vezes, estar solta, sem pensar antes de agir era bem melhor.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

www.peaches-design.com

gostava tanto de ter uma..............

Por norma não escrevo para ninguém em particular. Mas quando o faço ou identifico ou para quem é sabe-o bem. Opá, digam quem são... até porque gosto de saber quem lê...
Obrigado
uma rádio online: radar
um filme: imagine me & you
um cheiro: maresia
uma cor: branco
um sabor: cerelac
uma série: how I met your mother
uma música: sex on fire
uma banda: venus in flames
uma rádio no carro: antena3
um livro: diário anne frank
uma fotografia: black & white
um destino: irlanda
uma estrada: alentejo
uma praia: xiringuito
uns ténis: adidas
um som: trovoada
uma caneta: ponta fina
um descanso: cama de rede
um desejo: um filho
uma peça roupa: calças
um acessório: relógio
uma neura: paixão

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Senti a tua falta todos os dias.
Nada se cura com uma substituição, mas que sabe bem sabe.
Ai estou tão tramada!
Dúvidas

terça-feira, 2 de novembro de 2010

first day

see you
feel you
smile to you


after first day


i really don´t know what a fuck is happen
hetero girl? common...........................................
Pior que estar apaixonado sem ser correspondido, só mesmo estar apaixonado sem ser correspondido por um hetero...

sábado, 2 de outubro de 2010

Sinto a tua falta todos estes dias que passaram, todos estes dias que te vi e não te vi. Desculpa sempre que disse que te queria, que gostava de ti. És importante para mim, mas magoa. Altero todos os dias o meu pensamento, quero que saias da minha cabeça, mas não sei como o fazer. Por mais que diga em voz alta, que pense ou que sonhe, não consigo, não entendo e endoideço por estares aqui dentro de mim sem poder controlar minimamente ou que apenas olhes para mim sem raiva ou desprezo. Não entendo o que tanto te fez afastar de mim ou apontares-me o dedo por estar aqui, porque poderia estar em qualquer lado como sempre estive. Porque nunca me deste uma oportunidade de ser o que sempre fui contigo? Porque nunca acreditaste em mim? Porque nunca me deste oportunidade apenas de falar, ao pé de ti, sem medo sem vergonha, sem pânico. É como se sinto agora, com pânico, tive medo de te perder e acelarei o que não me permitias e me avisaste. Dói não saber o que fazer, o que um dia poderá ser. Desculpa ter insistido em entrar novamente na tua vida, mas não entendo a raiva tal como não entendo tudo o que me liga a ti e não me deixa esquecer o que és, o que foste, o que sorrias, o que falavas, o que ouvias, como sentias, como cheiravas, como andavas, como tocavas, como olhavas, como eras, como és...
Sinto tanto, tanto, tanto a tua falta, dói tanto não falarmos sem nos agredirmos. Dói não acreditares em mim, dói insistir contigo porque não sei mais o que fazer, dói não me deixares fazer parte da tua vida, do que te rodeia, do que és.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Damien Rice e as "Várias"

Há quem já tenha comentado comigo que acha estranho, e não tiro completa razão, gravar cd's e depois identificá-los como "várias", por vezes um pouco mais, como por exemplo; "várias punk", "várias calmas", "várias electro",tal como várias vezes repetidos com o mesmo nome, enfim uma série de gostos e estilos. Mas a essência destas etiquetas nos meus cd's têm o seu quê. É que sabe muito bem, agarrar num cd e apenas calcular que ali, até poderá estar aquela música que nos apetece tanto ouvir naquele momento. A maior parte das vezes até acerto, outras nem por isso, mas o que vale, é que quando não acerto, aparece uma música ou que já não ouvia há muito tempo, ou acerto mesmo na muche! Hoje aconteceu isso. Ontem numa escolha de cd's para colocar no carro, apanhei um desses cd's, então e não é que... chiça penico, era mesmo o que me apetecia ouvir, mais umas quantas que vieram a seguir, e fartei-me de cantar, em alto e bom som, de vidros abertos (em estrada nacional, onde só andamos... não paramos em stops nem semáforos)!


domingo, 8 de agosto de 2010






"O Buddha Eden Garden é um espaço com cerca de 35 hectares, idealizado e concebido pelo Comendador José Berardo, em resposta à destruição dos Budas Gigantes de Bamyan, naquele que foi, um dos maiores actos de barbárie cultural, apagando da memória obras primas, do período tardio da Arte de Gandhara.

Em 2001, profundamente chocado com a atitude do Governo Talibã, que destruiu, intencionalmente, monumentos únicos do Património da Humanidade, o Comendador Berardo deu início, a mais um, dos seus sonhos, a construção deste extenso jardim oriental. Prestando, de certo modo, homenagem aos colossais Budas esculpidos na rocha do vale de Bamyan, no centro do Afeganistão, e que durante séculos foram referências culturais e espirituais.

Pretende-se, que o Buddha Eden Garden seja um lugar reconciliação. Sem nenhuma tendência religiosa, abrimos as portas, a todas as pessoas, independentemente, da religião, etnia, nacionalidade, sexo, idade, condição cultural ou social, convidando à união, comunicação e meditação, como forma de redescobrir a felicidade. Ambicionamos, assim, percorrer o caminho contrário à destruição do ser humano e disseminar a cultura da paz.

Esta é uma instituição cultural sem fins lucrativos e ao serviço da comunidade nacional e internacional, que tem como missão sensibilizar o visitante para o conhecimento interior, através do seu jardim em diálogo com um vasto património escultórico, vocacionado para a meditação e promoção da interacção social e cultural, conforme os princípios da solidariedade e da dignidade humana. Sendo o Buddha Eden Garden um espaço de livre acesso, solicitamos uma doação, dentro das suas possibilidades, para nos ajudar a manter este sítio de tranquilidade e para, que possamos continuar a facultar entradas gratuitas a todos aqueles, que nos procuram aspirando a paz, força e luz.
"

sábado, 7 de novembro de 2009

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Mãe Coragem

Em Agosto de 1952, nasceu uma menina perfeitamente normal, de seu nome Júlia. Até aos seus três anos teve uma infância como ou quase todas as outras crianças. Nasceu numa família onde já tinha cinco irmãos, felizmente ainda todos vivos, mas ainda veio mais um pupilo. Seu Pai, um Homem do mar e marés, desejava ter vinte filhos à mesa e todos do benfica, mas sua Mãe com tristeza minha e de todos nós, apenas teve os sete magníficos, todos eles com um papel muito importante na formaçao desta e seguintes gerações. Cresceram todos a saber partilhar e transmitir aos seus filhos e netos a mesma lição.
Por destino ou não, aos três anos, Júlia acordou um dia e tudo estava diferente e que iria marcar a sua vida para sempre. O seu andar não correspondia à vontade de correr pela casa onde sua avó nasceu e ainda lá vivia. O susto rondou a família nesse dia. Poliomielite; este vírus paralisou o lado esquerdo de Júlia. Numa família que vivia do sustento do Pai, tudo fez para que ela se curasse ou melhorasse as mazelas da doença.
Enquanto as crianças, nas férias do verão, passeavam e iam à praia, Júlia passava os dias quentes em camas de hospitais, pois acima de tudo, queria ser uma Mulher como todas as outras e conseguiu! Após muitas operações e marcas para toda a vida, ainda teve a coragem de, aos dezoito anos, por sua iniciativa, operar a sua perna boa, e encortá-la. Assim evitou usar pelo menos, os sapatos que raras são as pessoas que usam, e poder ter mais algumas alternativas na escolha destes. Seus pais tinham receio, mas ela mostrou o seu poder pelas palavras e actos.
Pode não ter corrido nunca mais, mas é a primeira a dançar numa discoteca e a ajudar os outros. Como nós, tem de subir uma cadeira para chegar a uma prateleira...
Nada a impediu de casar, nem mesmo uma sogra que achava que ela não seria uma mulher normal para o seu filho, e ter filhos, duas.
Toda a vida lutou contra preconceitos e por uma vida melhor, para si e sua família. Defende-a com muito orgulho todos os dias da sua vida, tal como o seu trabalho, embora por vezes não seja reconhecido.
Durante trinta e três anos trabalhou e lutou pela causa que acreditava, mas será que lhe serviu de alguma coisa?
Hoje foi um dos dias mais tristes da sua vida, depois de tanto sacrifício físico e mental, foi-lhe recusada a reforma por incapacidade.
Hoje, eu como a sua filha mais nova e que a Ama mais que nunca, choro porque não posso fazer mais que a confortar, dizer que a Amo e que tudo vai melhorar com recompensas futuras.
Mãe, a nossa vida vai melhorar, e todos os teus esforços, físicos, mentais, familiares e laborais vão virar em viagens que sonhas, livros não lidos, passeios de mão dada com o Pai, brincadeiras com os teus netos e muitos carinhos de todos nós que te Amamos muito e respeitamos, pela Mulher e Mãe fantástica que és! Obrigada por toda a educação e formação que me deste, por todo o Amor que me dás todos os dias, pelo apoio e dedicação, pelas palavras cantadas e ditas com olhares. És a Mulher que mais admiro e Amo todos os dias.